Domingo, 13 de julho de 2025
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O Conselho Latino-Americano de Justiça e Democracia (CLAJUD) do Grupo Puebla denunciou um lawfare (emprego de manobras jurídicas) como tentativas de sabotagem partindo de “autoridades judiciais e membros da oposição” no processo de transição de poder para o presidente eleito na Guatemala, Bernardo Arévalo. 

Pedindo respeito pela “continuidade democrática” no país, a organização expressou sua “preocupação pelas tentativas de sabotar o processo de transição para o novo governo eleito na Guatemala, liderado pelo Presidente Bernardo Arévalo e pela sua Vice-Presidente Karin Herrera, eleita por um esmagadora maioria dos cidadãos nas eleições de 20 de Agosto”.

Na análise do grupo, a situação política na Guatemala aponta para uma “um contexto de perda total de institucionalidade das autoridades judiciais, pelas mãos de uma direita atolada na corrupção, que permitiu o avanço do crime organizado no país”. 

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O Conselho da organização lembra que “diversas tentativas de deslegitimar a candidatura vencedora e o partido Semilla” foram feitas durante o processo eleitoral no país centro-americano, como “ameaças à vida dos dirigentes, invasões ilegais à sede da sua Campanha e anúncios de prisões arbitrárias”. 

Organização aponta para perigo de golpe de Estado em meio a situação política e judicial que tenta impedir transição de poder para Bernardo Arévalo, eleito em agosto

Twitter/Bernardo Arévalo de León

Na análise do grupo, situação na Guatemala aponta para uma "umcontexto de perda total de institucionalidade das autoridades judiciais"

Alertando para um golpe de Estado, o comunicado do Grupo de Puebla também vem de encontro à invalidação da bancada governamental eleita para o Congresso ao mesmo tempo em que novas eleições eram solicitadas. 

A oposição e os membros judiciais planejavam um “governante provisório” para o momento, situação diagnosticada pelo grupo como um “objetivo golpista” para ignorar os resultados eleitorais e “sustentar o caos na Guatemala”. 

“Não há causa constitucional para anular as eleições e a pretensão de nomear um presidente interino pelo Congresso implicaria um claro desconhecimento da Constituição e da vontade do constituinte primário expressada nas últimas eleições a favor do presidente Bernardo Arévalo”, ressaltou o comunicado. 

O Grupo de Puebla aponta que o governo dos estados Unidos, missões da Organização dos Estados Americanos (OEA) e a União Europeia também solicitam que o governo de Arévalo seja reconhecido e validado.