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SUB40

Lucas Afonso: slam resgata importância de coletividade

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Poeta falou sobre importância social do movimento, explicou seu funcionamento e refletiu sobre as eleições que se aproximam; veja vídeo na íntegra

Camila Alvarenga

Madri (Espanha)
2022-05-13T13:00:00.000Z

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No programa SUB40 desta quinta-feira (12/05), o fundador de Opera Mundi, Breno Altman, entrevistou o poeta e músico Lucas Afonso sobre slam e oralidade no Brasil.

Apresentador do Slam Da Ponta, realizado mensalmente em Itaquera, Zona Leste de São Paulo, Afonso explicou que se trata de um encontro que é quase um esporte, uma batalha de poesia, que abarca todas as linguagens poéticas. Os participantes têm suas vozes e seus corpos como ferramentas para dar vida às suas poesias. No final da noite, alguém é escolhido como vencedor.

Cada vez mais popular, o slam, um movimento tradicionalmente periférico, está se inserindo nas escolas, com efeitos, segundo ele, positivos.

“Mexe muito com a vida dos jovens. Primeiro porque retoma a importância do fazer coletivo, nem que seja de montar uma roda de poesia na praça — algo que é importante para a vida. Depois porque tem uma coisa do nível da autoestima. Você protagoniza um momento com a sua palavra, sua voz, e todos escutam e aplaudem. Para além de que cada lugar revela uma importância diferente, que surge pelo estímulo à oralidade, à intimidade com a voz”, contou o poeta.

Para além disso, o slam tem um fator politizante de grande relevância já que os poemas sempre são atuais, tratando de questões políticas e sociais que atravessam a vida dos poetas, muitas vezes. 

“E com a popularização, acho que o slam continua tão politizado ou mais. Pode ser que para ocupar alguns espaços a gente tire um pouco o pé do acelerador, mas, como não dá para controlar o que o poeta vai falar, não dá para saber o que vem. E o que a gente tem visto é que quanto mais o slam vai se ampliando, mais intensas as discussões. Vai transformando a própria cena do slam”, ponderou.

As próprias poesias de Afonso, que é autor do livro de poemas A última folha do caderno, são de alto teor político. Em 2015, ele ganhou o campeonato brasileiro de slam, o Slam Brasil, com uma obra sobre o rompimento da barragem de Mariana. Como resultado, ele foi convidado para participar do torneio mundial, em Paris, onde foi semifinalista.

“Lá se perde um pouco da poesia, porque, para facilitar, tem um telão com o poema no idioma do poeta, em inglês e em francês para facilitar. Então é diferente se você está me vendo performar ou lendo o poema num telão, mas foi muito especial mesmo assim. Eu fui semifinalista, passei da fase de grupos e foi uma surpresa. Sempre ganhavam poetas franceses ou que falassem inglês, eu fui sozinho e sem falar francês, fiquei bem feliz de levar a minha obra, a minha palavra”, relembrou.

‘Vou votar em Lula no primeiro turno’

Filho de uma funcionária da saúde e de um metalúrgico, Afonso revelou que cresceu em uma família petista. Seus pais estão filiados ao Partido dos Trabalhadores desde sua fundação e o estimularam a ser crítico, ler e o apresentaram ao universo do samba, “meu primeiro contato com a poesia foi através do samba”.

É por isso que o poeta foi taxativo: “vou votar em Lula no primeiro turno e no segundo. Acho que estamos vivendo um momento que é um divisor de águas no Brasil, estamos escolhendo entre a viver ou não em uma democracia”.

Afonso, entretanto, não se mostrou otimista. Segundo ele, Jair Bolsonaro não lhe inspira confiança, “não consigo imaginá-lo passando a faixa”. Para ele, o presidente, se perder, “vai perder atirando”.

Além disso, uma vitória de Lula e sua chegada ao Palácio do Planalto também não significaria o fim da batalha: “a partir do dia 1 de janeiro [de 2023] estarei como qualquer cidadão periférico defendendo o que é nosso. Vou fazer campanha hoje, mas na hora que tiver que encher o saco, vou encher o saco também”.

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Política e Economia

Economia e ecologia: os dois principais desafios do segundo mandato de Macron

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Novo governo francês tem um duplo desafio: reduzir o desemprego e melhorar o poder de compra da população em um país com crescimento estagnado

Redação

RFI RFI

Paris (França)
2022-05-28T17:06:00.000Z

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Menos de uma semana após o anúncio do novo governo francês, as principais revistas do país enumeram os desafios que esperam a equipe da primeira-ministra Élisabeth Borne. Além das questões econômicas, apresentadas como prioridade diante de uma crise de poder aquisitivo que irrita a população, essa nova gestão também promete ser marcada por pautas ambientais, mobilizando vários membros do governo. 

Com a manchete “A grande crise econômica que nos ameaça”, Le Point dá o tom do que espera o governo francês. A revista semanal traz uma grande reportagem sobre o tema da inflação e da recessão que atingem boa parte do mundo e tenta explicar o impacto desse panorama nada otimista na França.

“Nós pensávamos que 2022 seria uma continuidade de 2021, ano da retomada econômica, com um crescimento de 7% no país”, resume o texto. Mas isso foi sem contar com os aspectos geopolíticos que estremeceram um contexto menos estável do que parecia. “A guerra na Ucrânia e as sanções econômicas contra a Rússia jogaram óleo quente em um fogo que estava calmo. De uma hora para outra, os preços das matérias-primas, da energia e os alimentos se inflamaram”, aponta Le Point.

Diante desse panorama, o novo governo francês tem um duplo desafio: reduzir o desemprego e melhorar o poder de compra da população em um país com crescimento estagnado. “Élisabeth Borne vai precisar de toda a sua experiência com ex-ministra do Trabalho para navegar nas águas turvas da economia francesa”, anuncia a reportagem.

Reprodução/ @EmmanuelMacron
Após reeleição, Macron anunciou um novo governo na França

Além disso, como aponta a revista L’Express, esse novo governo ainda tem pela frente o desafio de provar que pode melhorar a economia do país e ser ecológico ao mesmo tempo. Para isso, não apenas uma, mas duas ministras vão concentrar seus esforços nas questões ambientais: Amélie de Montchalin, que assumiu a pasta da Transição Ecológica e da Planificação dos territórios, e Agnès Pannier Runacher, com à frente da Transição Energética. Para completar, a própria primeira-ministra vai dirigir o que Macron batizou de Planificação ecológica.

No entanto, nenhuma das três tem experiência concreta em assuntos ecológicos e as duas ministras tem um perfil claramente “liberal e pragmático”, o que preocupa algumas ONGs ambientais. A revista L’Obs, que também traz uma grande reportagem sobre os desafios ecológicos do segundo mandato de Macron, vai além e diz que as duas ministras, que têm um “pró-business”, nunca tiveram nenhum tipo de engajamento ambiental em suas carreiras.

Mas L’Obs lembra que mesmo se em seu discurso de vitória Macron prometeu transformar a França em uma “grande nação ecológica, o próprio chefe de Estado, durante sua primeira gestão, não esbanjou declarações ecológicas. A revista, que não cita as alfinetadas dadas pelo líder francês no presidente brasileiro Jair Bolsonaro, criticando a gestão na proteção da Amazônia, afirma que boa parte das promessas feitas por Macron sobre o meio ambiente durante seu o primeiro mandato não tiveram grandes resultados concretos.

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