Na edição do programa SUB40 desta quinta-feira (10/12), o fundador de Opera Mundi, Breno Altman, entrevistou o candidato pela coalizão União pela Esperança (UNES) à presidência do Equador, Andrés Arauz, que apontou semelhanças nos processos judiciais contra figuras políticas do país em comparação a outros países latino-americanos.
O candidato afirmou que as acusações contra o ex-presidente equatoriano Rafael Correa seguem a mesma “receita” das sentenças contra o ex-mandatário do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva e contra a atual vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner.
“O lawfare foi aplicado exatamente com a mesma receita contra Rafael Correa e que foi aplicado contra Lula e Cristina. Exatamente a mesma receita. Inclusive, utiliza os mesmos recursos simbólicos e narrativos. Os mesmos casos na Argentina e Equador e, para culpar Lula, o caso Odebrecht”, disse.
Segundo Arauz, essas sentenças fazem parte de uma perseguição política contra os ex-presidentes. O candidato disse que Correa espera que a Justiça prove sua inocência. “No Equador, será o mesmo como foi na Bolívia. Sem pressão e sem manipulação para que seja revisado o processo contra Correa. E, assim, ele poderá voltar ao país”, afirmou. O ex-presidente mora na Bélgica e está ameaçado de prisão caso pise em solo equatoriano.
Julian Assange
Arauz também comentou a posição de sua campanha em relação ao fundador do Wikileaks, Julian Assange, que, desde 2012, se abrigava, na condição de asilado político, na embaixada do Equador em Londres. Porém, em 2019, o presidente equatoriano Lenín Moreno revogou o benefício e entregou o australiano às forças policiais britânicas.
“Lenín Moreno deu cidadania a Julian Assange, mas ele mesmo a retirou em um ato sem precedentes na história mundial. Ele retira a cidadania por uma renúncia implícita. No nosso governo, iniciaremos um processo de auditoria e revisão de como se deu essa retirada de cidadania a Assange”, disse.
O programa
Todas as quintas-feiras, o fundador de Opera Mundi entrevista, ao vivo, uma personalidade da nova geração que está pautando a discussão política e cultural no país. O nome do programa, SUB40, vem a partir daí: uma conversa com as novas caras do debate público – aqueles com até 40 anos (ou um pouco mais) – para entender suas ideias e antecipar tendências.
Os espectadores também podem participar e fazer perguntas, por meio do chat do YouTube. As questões serão selecionadas e feitas por Altman para o entrevistado.