O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi escolhido como candidato às eleições presidenciais no país, nesta segunda-feira (11/03), previstas para 28 de julho de 2024. A decisão que pode definir um terceiro mandato consecutivo do mandatário foi tomada por sua legenda, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).
O anúncio foi dado pelo vice-presidente do PSUV, Diosadado Cabello, considerado o “número dois do chavismo”. Na plataforma X, o representante escreveu que a decisão foi contemplada por mais de 4.2 milhões de ativistas e porta-vozes, em uma série de assembleias convocadas em diferentes estados:
“Serei breve: vamos comprar alpargatas porque o que vem é joropo [dança típica venezuelana], as bases do PSUV decidiram Nicolás Maduro como candidato presidencial. 4.240.032 participaram. Unidos, nós venceremos!!”, escreveu Cabello.
Seré breve: A comprar alpargatas que lo que viene es joropo, las bases del PSUV decidieron, Nicolás Maduro candidato presidencial, 4.240.032 participaron. Unidos Nosotros Venceremos!! pic.twitter.com/DIVGhNstmc
— Diosdado Cabello R (@dcabellor) March 11, 2024
Maduro agradeceu sua candidatura à reeleição. No entanto, o mandatário acrescentou que aguardará a decisão final e definitiva, que será tomada oficialmente no congresso do partido, em 15 de março.
Por outro lado, a oposição ainda deve definir um candidato para disputar o cargo no Executivo contra Maduro, no contexto da inabilitação política de María Corina Machado determinada pela Justiça, figura que havia ganhado as primárias da coalizão Plataforma Unitária no mês de outubro.
O acordo em Barbados foi firmado justamente para organizar a eleição com a presença de observadores internacionais, em uma tentativa de estabelecer um diálogo entre governo e oposição com relação à questão da habilitação de candidatos.
Observadores internacionais serão ‘bem-vindos’
Na mesma segunda-feira, o presidente venezuelano expressou receptividade aos observadores internacionais que devem comparecer às eleições presidenciais de julho, desde que “respeitem a soberania da nação sul-americana”.
“Que sejam bem-vindos os observadores que quiserem vir, se sempre vieram, mas sim, respeitando a soberania da Venezuela, a Constituição da Venezuela, dentro do respeito à Constituição e à soberania”, disse o líder durante seu programa Con Maduro +.
Ainda na edição, o político também enfatizou que o Poder Eleitoral tem autonomia suficiente para convidar “quem quiser convidar”:
“Eles (o CNE) anunciaram que convidaram a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, a União Africana, os Brics, a Caricom, o Centro Carter, uma organização interamericana, observadores e até a União Europeia. Se o Poder Eleitoral disse isso, amém. Que venham, então, porque o dia 28 de julho vai ser o festival da liberdade, o festival da democracia, o festival da verdade”, reforçou Maduro.
(*) Com RT em Español e Telesur