“Todo mundo vai dormir sabendo o resultado do plebiscito constitucional”, garantiu o presidente do Serviço Eleitoral (Servel) à imprensa chilena, neste domingo (17/12), uma vez que o processo será mais rápido por existirem apenas duas alternativas: o “rechazo” ou o “apruebo”.
De acordo com Tagle, a expectativa é que o resultado seja divulgado às 20h (pelo horário local), ou seja, duas horas depois do fechamento das urnas.
O presidente do Servel destacou que, apesar da preparação do pleito em um curto prazo de tempo e todo o “estresse eleitoral’, o atual é mais simples por “falta de candidatos”.
Com início às 8h (horário local) as urnas fecharam às 18h, em ponto, começando na sequência a contagem dos votos.
Pela tarde, o Serviço Eleitoral informou que o plebiscito constitucional avançou com “normalidade” desde a abertura das urnas.
Já nas primeiras horas da votação, o órgão informou que 99% das mesas haviam sido constituídas em nível nacional e as autoridades relataram que tudo corria dentro do esperado.
Ao todo, foram 39.114 mesas listadas que receberam os votos “em contra” ou “a favor” dos 15 milhões de cidadãos chilenos frente à proposta elaborada pelo Conselho Constitucional.
O novo plebiscito acontece após o fracasso do referendo realizado no ano anterior, em que 62% da população optou pelo rechaço do texto.
A votação de hoje tem as mesmas regras que a anterior.
Twitter/Vocería de Gobierno de Chile
Plebiscito constitucional avança com normalidade desde a abertura das urnas, confirma serviço eleitoral chileno
‘Independentemente do resultado, trabalharemos duro’
Em um breve pronunciamento público, após emitir seu voto no fim da manhã deste domingo (17/12), o presidente do Chile declarou que “independentemente do resultado [do plebiscito], vamos continuar trabalhando duro”.
Presidente @GabrielBoric realiza punto de prensa desde Punta Arenas tras votar en el #PlebiscitoConstitucional2023 https://t.co/uPFG63WGM9
— Presidencia de Chile (@Presidencia_cl) December 17, 2023
Gabriel Boric afirmou que tem conhecimento sobre as “famílias que passaram por dificuldades” e prometeu que o Estado priorizará, para o próximo ano, nas categorias como segurança, emprego, saúde, educação público e, especialmente, na geração de empregos.
“Em 2024, Chile voltará a crescer, vamos entregar como país”, declarou o chefe de Estado, acrescentando que o foco do dia é a decisão para a Constituição chilena, mas que ao longo da semana retomará a agenda presidencial para discutir outras pautas de relevância.
Mais cedo, o ex-presidente Sebastián Piñera foi votar no Colégio Rafael Sotomayor, na comuna de Las Condes, enquanto ao mesmo tempo a ex-presidente Michelle Bachelet foi para o Colégio Bicentenário de La Reina. Os dois ex-líderes chilenos também se pronunciaram, mas com discursos opostos.
À imprensa local, Piñera deixou claro o que espera do resultado, ao afirmar que vê a “possibilidade de, finalmente, depois de quatro anos de tanta instabilidade, tanta incerteza e confronto, uma Constituição aprovada em plena democracia”. Para o entendimento dele, a aprovação do novo projeto daria “oportunidades para derrotar a violência e a criminalidade” do país.
Já Bachelet confrontou a ideia de uma nova Constituição com o texto que está sendo votado em questão.
“A Constituição não resolve os problemas de segurança”, declarou aos jornalistas, ressaltando que nos dois anos que restam do atual mandato, existem questões prioritárias a serem tratadas.