A jornada de protestos no Chile desta quarta-feira (30/10) já era esperada como agitada no marco das mobilizações massivas que estão ocorrendo no país há 10 dias consecutivos contra o governo do presidente Sebástian Piñera.
As marchas de hoje foram marcadas, em primeiro lugar, pela convocação de uma greve geral realizada pela Unidade Social, coletivo que reúne uma série de organizações da sociedade civil que foram protagonistas nas mobilizações.
A entidade já elencou uma série de reivindicações a favor dos trabalhadores, entre elas um salário mínimo de 500 mil pesos, uma tarifa social justa no transporte público, a garantia à saúde, educação e moradia como direitos sociais, a eliminação da TAG e a estatização das rodovias e a elaboração de uma nova Constituição através de uma Assembleia Constituinte.
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Por sua vez, os pescadores artesanais de Caleta Portales, em Valparaíso, também aderiam à greve geral e iniciaram uma marcha por volta do meio dia para exigir a anulação da Lei da Pesca. Na região de Coquimbo, também estão previstas manifestações de pescadores às 17h na Plaza de las Américas da cidade.
CUT Chile
Marchas de hoje foram marcadas pela greve geral convocada pela Unidade Social, coletivo que reúne uma série de organizações da sociedade
Violações de Direitos Humanos
Sobre as ações que estão sendo realizadas sobre as sistemáticas violações dos direitos humanos cometidas durante as últimas semanas pelo Executivo, é destaque a apresentação de um processo constitucional contra o ex-ministro do Interior Andrés Chadwik.
A iniciativa foi tomada pelo partido de oposição Frente Ampla em conjunto com parlamentares de legendas da oposição.
Ainda no âmbito dos direitos humanos, é esperada a chegada da equipe de observadores do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, chefiado por Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile.
Ainda chegam ao país os parlamentares europeus Idoia Villanueva Ruiz e Miguel Urbán Crespo, que realizarão uma coletiva de imprensa acompanhados pelo politico Fabio Amato no prédio conhecido como Londres38, onde funcionava um órgão de repressão durante a ditadura de Augusto Pinochet. Os parlamentares apresentarão suas impressões sobre o que está acontecendo no Chile com relação aos direitos humanos.
