O conselho eleitoral provisório do Haiti anunciou nesta quarta-feira (11/08) que o primeiro turno das eleições presidenciais, antes previsto para setembro, será realizado em 7 de novembro.
De acordo com o órgão, as votações para renovação do Parlamento e para o referendo sobre a reforma constitucional que institui um regime presidencialista pleno no país acontecerão no mesmo dia. Já o segundo turno do pleito para presidente ocorrerá em 23 de janeiro de 2022, junto com as eleições municipais.
A reforma constitucional era apoiada pelo presidente Jovenel Moïse, assassinado em casa no último dia 7 de julho. Ele governava o Haiti desde fevereiro de 2017, mas vinha atuando por decreto pelo fato de o país não ter um Parlamento ativo devido a sucessivos adiamentos das eleições legislativas.
Até o momento, foram presas 44 pessoas acusadas de envolvimento no homicídio, incluindo 12 policiais haitianos, 18 mercenários colombianos e dois americanos. O ex-responsável pela segurança de Moïse também foi detido.
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Cap Haïtien, no litoral haitiano: país vai às urnas escolher novo presidente em novembro
O primeiro-ministro Ariel Henry, anunciado no cargo antes da morte do presidente, mas empossado somente depois do assassinato, prometeu restabelecer a ordem em um país assolado pela violência e garantir eleições seguras e confiáveis.
Após o ataque, 26 pessoas foram presas. A polícia afirma que o plano foi organizado por haitianos com relações fora do país e executado por pessoas de diferentes nacionalidades.
Ao jornal The New York Times, a viúva de Jovenel, Martine Moïse, questionou o fato de nenhum dos cerca de 50 agentes de segurança do presidente ter sido ferido durante o ataque.