Isaac Merrit Singer, mecânico de Nova York, obtém em 12 de agosto de 1851, uma patente da primeira máquina de costura de uso doméstico. Ele conquistaria posteriormente o primeiro prêmio na Exposição Universal de Paris de 1855. A generalização da máquina de costura transformaria até o modo de as pessoas se vestirem, tornando possível a supremacia do ‘prêt-à-porter’ em detrimento do ‘sob medida’.
Singer (1811–1875) patenteou em 1851 uma máquina de costura simples capaz de dar repetidos pespontos. Embora tenha perdido um pleito judicial por violação de propriedade industrial apresentado por Elias Howe, sua companhia estava já tão bem estabelecida que tomou a dianteira numa subsequente combinação de manufaturas e concentração de patentes.
Entre 1851 e 1865 Singer patenteou 20 melhoramentos, inclusive o pedal de acionamento e uma contínua alimentação das rodas.
A ideia de se costurar por meio de uma máquina surgiu no ano de 1760 e passou muito tempo despercebida. Inúmeros inventores desenvolveram projetos e patentearam novos modelos de máquinas de costura, porém nenhum deles era prático.
A construção da primeira máquina de costura Singer, há mais de 150 anos, representou o ponto de partida de uma evolução que proporcionou a todas as mulheres, em todos os pontos do globo, os meios para realizarem suas tarefas de costura de forma mais produtiva, reduzindo os custos e o tempo despendido na confecção de roupas.
Surgimento da máquina de costura e da fábrica Singer
No ano de 1850, Singer conheceu, na oficina de Orson Phelps, uma máquina de costura. Ao analisar cuidadosamente o seu funcionamento, sugeriu modificações que revolucionaram sua fabricação. Em onze dias, estava pronta a primeira máquina de costura realmente eficiente. Singer solicitou uma patente em 1851 e continuou a melhorar sua máquina até sua morte, em 1875, aos 63 anos.
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Fábrica Singer de máquinas de costura foi inventada em 1851 por Isaac Singer
Em 1851, Singer fundou a companhia Singer, que inicialmente enfrentou sérios problemas para introduzir seu produto, pois o público não acreditava que a máquina funcionava corretamente. Mas, aos poucos, o produto foi ganhando credibilidade.
Produção de roupas em larga escala
Um antigo provérbio latino diz que “a necessidade é a mãe da invenção”, mas a invenção da máquina de costura foi uma exceção à regra, pois não surgiu para preencher um desejo reconhecido. A máquina de costura nasceu do espírito inventivo de sua época. Nem demanda popular, nem qualquer necessidade premente, mesmo que limitada, encontra-se registrada como solicitação de uma máquina de costura. As pálpebras pesavam com a costura até a meia-noite, mas nunca uma mulher havia pedido: “Dê-me uma máquina de costura”.
A máquina de costura tirou dos ombros de incontáveis milhões o trabalho enfadonho de costurar a mão e tornou disponíveis, a outros incontáveis milhões, mais e melhores roupas por apenas uma fração daquilo que custava antes de o instrumento ter sido inventado. Dia e noite, homens e mulheres em toda a parte do mundo vestem e usam artigos feitos com a máquina de costura, seja doméstica ou industrial. A máquina de costura aumentou os guarda-roupas e tornou possível a produção em massa de inúmeros produtos.
“Depois do arado, esta máquina de costura é talvez o instrumento mais abençoado da humanidade”, escreveu Louis Antoine Godey, fundador da primeira revista norte-americana de moda feminina de sucesso, em 1856. Mahatma Gandhi, o líder hindu, enquanto estava na prisão, aprendeu a costurar em uma máquina e mais tarde isentou-a de interdição sobre o maquinário ocidental. “Ela é uma das poucas coisas úteis já inventadas”, disse ele.
*Com informações do site da Singer