O primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, decretou na noite desta segunda-feira (16) três dias de luto nacional pelas vítimas do terremoto que atingiu o país no último sábado (14/08). O último balanço oficial aponta para 1.419 vítimas e mais de 6,9 mil feridos.
“Todos estão bem conscientes que estamos vivendo uma nova situação catastrófica que está causando muito sofrimento e, por isso, decidimos que a partir de amanhã [esta terça (17/08)] serão realizados três dias de luto nacional”, disse Henry aos jornalistas.
O premiê lamentou a perda de “tantas vidas” e ordenou que todos os prédios públicos que ficaram de pé devem colocar a bandeira a meio mastro. Henry ainda pediu “unidade e solidariedade” entre os haitianos, mesmo que as tensões ainda estejam altas por conta do assassinato do presidente Jovenel Moise, em 7 de julho.
Além da devastação causada pelo terremoto de 7,4 graus na escala Richter, o pequeno país ainda sofre com a chegada do ciclone tropical Grace, que atinge justamente a área mais afetada pelo tremor, no sudoeste do território.
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Um terremoto de 7,4 graus na escala Richter atingiu o país, concentrando maior força no sudoeste do território
Fortes chuvas e ventos de até 75km/h atrapalham as buscas sob os escombros de possíveis sobreviventes e, em muitas áreas, os trabalhos dos socorristas foram suspensos. Estima-se que quase 40 mil casas foram destruídas por conta do sismo do sábado.
O Haiti vem sendo castigado há mais de uma década por fenômenos climáticos extremos. Em 2010, um terremoto de sete graus na escala Richter devastou toda a nação, deixando mais de 200 mil mortos e 300 mil feridos. Em 2016, um furacão também atingiu o território e deixou centenas de mortos e milhares de desabrigados.
O país nunca conseguiu se reerguer do tremor de 2010 e ainda sofre com constantes brigas políticas e golpes no poder. O mais recente deles, foi o assassinato de Moise, que ainda não foi esclarecido.