Atualizada às 17h05
Pelo menos 227 pessoas morreram por causa de um terremoto de magnitude 7,2 que atingiu o Haiti neste sábado (14/08).
Segundo as autoridades haitianas, do total de vítimas confirmadas até agora, 17 foram registradas no departamento de Grand-Anse, nove na cidade de Cayes e três em Nippes, onde ocorreu o epicentro do terremoto, no sudoeste da ilha.
Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, autorizou neste sábado (14/08) uma “resposta americana imediata” para ajudar o Haiti e nomeou a diretora da Agência dos EUA para o desenvolvimento (Usaid), Samantha Power, como alta executiva para coordenar esse esforço.
O terremoto foi sentido às 8h30 (horário local) e provocou um alerta de tsunami na região, o qual já foi cancelado.
O epicentro do sismo ocorreu a 8km da cidade de Petit Trou de Nippes, no oeste da ilha, a cerca de 150 km da capital Porto Príncipe, e a uma profundidade de 10 km.
Jérémie dévasté par un violent tremblement de terre ce matin pic.twitter.com/qCyoINHFes
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Segundo moradores da região, prédios religiosos, escolas e residências foram danificados pelo terremoto. Em alguns vídeos é possível ver as ruínas de vários edifícios.
O país ainda se recupera de um terremoto de magnitude 7.0 que devastou a capital haitiana e várias cidades em 12 de janeiro de 2010. Na ocasião, o tremor deixou mais de 230 mil mortos, 300 mil feridos, além de 1,5 milhão de desabrigados.
Crise no Haiti
O tremor acontece no meio de uma grave crise política que assola o país. Na última quarta (11/08), o conselho eleitoral provisório do Haiti anunciou que o primeiro turno das eleições presidenciais, antes previsto para setembro, será realizado em 7 de novembro.
De acordo com o órgão, as votações para renovação do Parlamento e para o referendo sobre a reforma constitucional que institui um regime presidencialista pleno no país acontecerão no mesmo dia. Já o segundo turno do pleito para presidente ocorrerá em 23 de janeiro de 2022, junto com as eleições municipais.
A reforma constitucional era apoiada pelo presidente Jovenel Moïse, assassinado em casa no último dia 7 de julho. Ele governava o Haiti desde fevereiro de 2017, mas vinha atuando por decreto pelo fato de o país não ter um Parlamento ativo devido a sucessivos adiamentos das eleições legislativas.
Até o momento, foram presas 44 pessoas acusadas de envolvimento no homicídio, incluindo 12 policiais haitianos, 18 mercenários colombianos e dois americanos. O ex-responsável pela segurança de Moïse também foi detido.
(*) Com Ansa