O candidato à Presidência da Colômbia Gustavo Petro falou na quinta-feira (19/05) durante um comício eleitoral na cidade de Cali que seus oponentes conspiram para sabotar as eleições do próximo dia 29 de maio, com a intenção de suspendê-las, em um momento em que as pesquisas colocam-no como grande favorito.
Diante de milhares de simpatizantes reunidos na Praça da Governança durante o ato de encerramento da campanha na capital do departamento de Valle del Cauca, o candidato pela coalizão de esquerda Pacto Histórico afirmou que “já estão conspirando em reuniões secretas para ver como as eleições são suspensas, como podem passar pelos tribunais superiores de justiça”.
Petro disse ainda que seus oponentes “já se sentem perdedores” e acrescentou que estas supostas conspirações surgem entre aqueles que “querem se perpetuar no poder, dos viciados no poder e na morte, que não suportam perder eleições, que não suportam uma vitória popular”.
Petro/Twitter
Comício eleitoral na cidade de Cali reuniu milhares de apoiadores de Gustavo Petro
Ao mesmo tempo, ele pediu à população que tenha calma diante de um possível “golpe” durante as eleições, assegurando que “a parte mais delirante da corrupção que nos governa é tentar desencadear um violento surto social para ter a desculpa de suspender definitivamente as eleições e perpetuar-se no poder sabendo que são minoria”.
Ameaça contra Petro
No início do mês, em 3 de maio, a Procuradoria-Geral da Colômbia abriu uma investigação formal para apurar as denúncias do candidato à Presidência pela coalizão de esquerda Pacto Histórico, Gustavo Petro, de que ele seria alvo de um atentado durante visita a cidades na região central do país.
Segundo comunicado formal, os investigadores “contataram os responsáveis pela segurança do senhor Gustavo Petro e as pessoas de sua campanha para obter detalhes sobre a origem das informações e levar adiante as investigações”.
Os organizadores da visita de Petro a três departamentos centrais do país anunciaram, na noite do dia 2 de maio, uma segunda-feira, que estavam cancelando a viagem por “motivos de segurança” sobre o risco de um grave atentado.
“Conforme os trabalhos desenvolvidos pela equipe de segurança, que recebeu informações em primeira mão da área da visita, o grupo criminoso La Cordillera programou um atentado contra a vida do candidato à Presidência”, disseram os organizadores.
(*) Com TeleSur.