Esta reportagem é de 23 de agosto de 2013. Para informações atualizadas sobre a explosão registrada em Beirute em 4 de agosto de 2020, clique aqui.
Ao menos 42 pessoas morreram e outras 500 ficaram feridas nesta sexta-feira (23/08) em duas explosões perto de mesquitas na cidade de Trípoli, no norte do Líbano e a cerca de 70 quilômetros da capital Beirute.
As explosões, separadas por cinco minutos, coincidiram com a oração muçulmana da sexta-feira, quando os templos ficam muito movimentados, aumento o número de vítimas.
Agência Efe
Nenhum grupo reivindicou a autoria dos atentados até o momento
De acordo com a Agência Efe, os atentados foram realizados com o uso de carros-bomba. Fontes militares disseram à agência que entre os feridos está o general Ashraf Rifi, ex-chefe da Polícia local, que quando aconteceu uma das explosões estava dentro de casa.
Os feridos foram levados aos hospitais de Nini, Islâmico e Haykaliya da cidade, a mais importante do norte do Líbano e de maioria sunita.
A primeira explosão aconteceu na mesquita de Al Taqwa, no centro de Trípoli, onde a oração foi presidida pelo xeque Salem Rafei, que tinha chamado seus seguidores para combater na Síria o regime de Bashar al Assad. A segunda aconteceu em frente à mesquita As Salam, que fica perto do porto da cidade. Um dos alvos fica próximo da casa do primeiro-ministro em fim de mandato do Líbano, Najib Mikati.
Segundo o governo libanês, uma das bombas continha mais de cem quilos de explosivos. Os atentados acontecem em meio a uma onda de violência que se registra no país.
Além dos conflitos locais, o Líbano enfrenta uma crise política com Israel depois que quatro mísseis foram soltos ontem na direção do território vizinho. Como resposta, o exército israelense bombardeou na madrugada de hoje a região de Naame, a cerca de 20 quilômetros de Beirute.
O ataque tinha como alvo a Frente Popular para a Libertação da Palestina-Comando Geral, que foi classificado pelo governo israelense como “local terrorista situado entre Beirute e Sidon”.