Em 8 de junho de 1867, o imperador da Áustria, Francisco José I, e sua mulher, a princesa bávara Elisabete, apelidada de “Sissi”, cingem sobre sua cabeça a coroa de Santo Estêvão, santo padroeiro e primeiro rei da Hungria. Consagram desse modo a união do Império Austríaco e do Reino da Hungria, e, em consequência, o nascimento de uma monarquia “bicéfala” da Áustria-Hungria.
Mas essa junção não satisfaz as múltiplas nacionalidades que a compõem. No final da Primeira Guerra Mundial seu território seria repartido entre a Itália, a Romênia e cinco novos países: Áustria, Hungria, Polônia, Tchecoslováquia e Iugoslávia.
Em 25 de maio de 1882, a Alemanha, o Império Austro-Húngaro e a Itália assinam o acordo defensivo conhecido como “Tríplice Aliança“. A Alemanha se vê assim reforçada diante de uma França hostil depois da guerra de 1870 enquanto a Áustria-Hungria encontra aliados para fazer face às ameaças que pesam sobre ela, decorrentes da política expansionista russa nos Bálcãs.
Quanto aos italianos, desejavam antes de qualquer coisa poder medir-se em igualdade de condições diante da França e de sua política colonial. Os três países participariam de uma tentativa de isolamento diplomático dos franceses. Este acordo seria fundamental no desencadeamento da Primeira Guerra Mundial. Ele seria rompido em maio de 1915 quando a Itália tomou o partido do campo adversário.
Picryl
Imperador da Áustria, Francisco José I e sua mulher, SIssi, consagraram a união do Império Austríaco e da Hungria
Em 28 de junho de 1914, o arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, e sua mulher, Sofia de Hoenberg, em visita a Sarajevo, na Bósnia ocupada, são assassinados por um nacionalista sérvio de 19 anos, Gavrilo Princip. Este atentado atiça um verdadeiro incêndio político na Europa. Então dividida entre a Tríplice Aliança (Áustria-Hungria, Alemanha e Itália) e a Tríplice Entente (Rússia, França e Reino Unido). Um mês após o assassinato, a Áustria-Hungria declara guerra à Sérvia. O conflito seria o rastilho para a Primeira Guerra Mundial, que duraria quatro anos e deixaria 8 milhões de mortos.