A Câmara Periférica do Livro (CPL) realiza um “super lançamento” com 30 autores de 30 editoras diferentes, na terça-feira (21/06), às 12h30, durante o VII Salão do Livro Político, em São Paulo.
Na ocasião, os autores presentes farão assinatura nos livros. “O Superlançamento mostra a força da atividade literária das periferias. Revela também um modo de agir coletivamente”, afirma a CPL em nota.
Com isso, a entidade explica ainda que “sem espaço em livrarias e impossibilitados de arcar com descontos extorsivos das grandes plataformas de venda online”, sendo assim, afirma que os editores e editoras da periferia “vendem seus livros de mão em mão nos eventos e por meio das redes sociais”.
“A Câmara Periférica do livro quer contribuir para efetivar o Plano Nacional do Livro e da Leitura, especialmente dois dos seus quatro eixos: democratização do acesso e desenvolvimento da economia do livro”, defende os organizadores.
A CPL é uma rede articulada em 2020 para atuar no fortalecimento de editoras e selos editoriais e atuantes nas periferias da Capital e Grande São Paulo, do Rio de Janeiro e de Belém, no Pará.
O “super lançamento” acontece na sétima edição do Salão do Livro Político, que ocorre entre os dias 20 e 23 de junho no teatro Tuca Arena, que irá promover debates e feira de livros com mais de 70 editoras independentes.
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‘Superlançamento” conta com 30 autores de 30 editoras diferentes
Veja a nota da CPL na íntegra:
O Superlançamento da CPL – Câmara Periférica do Livro é um dos eventos marcantes que integram a programação do VII Salão do Livro Político. O salão, que ocorre no TUCA Arena, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (R. Monte Alegre, 1.024, Perdizes), volta neste ano ao formato presencial. Na terça-feira, dia 21 de junho, às 12h30, 30 autores, representando 30 casas editorais da Câmara Periférica do Livro, assinarão seus livros ao mesmo tempo.
A Câmara Periférica do Livro é uma rede que articula editoras e selos editoriais e atuantes nas periferias da Capital e Grande São Paulo, uma do Rio de Janeiro e outra de Belém, do Pará. São microempreendimentos individuais e coletivos que se dedicam a publicar literatura e conhecimentos produzidos nas bordas das metrópoles. “Editar na periferia significa construir projetos político-editoriais independentes, que deem vez e voz a nossa produção literária”, afirma Ruivo Lopes, um dos coordenadores da CPL.
O Superlançamento de terça-feira da CPL mostra a força da atividade literária das periferias. Revela também um modo de agir coletivamente. Os saraus e editoras da periferia tiveram papel fundamental, por exemplo, na construção do Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas da cidade de São Paulo, que prevê a inclusão de publicações e autores da periferia nas compras e nas atividades das secretarias de Educação e Cultura de São Paulo. Não por acaso, o lançamento do Grupo de Trabalho do PMLLLB-SP ocorreu na Primavera dos Livros de 2014, organizada pela Libre – Liga Brasileira de Editoras, quando também se realizou um encontro de dezenas de saraus das periferias de São Paulo.
Sem espaço em livrarias e impossibilitados de arcar com descontos extorsivos das grandes plataformas de venda online, os editores e editoras da periferia vendem seus livros de mão em mão nos eventos e por meio das redes sociais. A articulação da Câmara Periférica do Livro, iniciada em 2020, tem fortalecido esses empreendimentos por meio de ações coletivas, tais como: venda governamental, loja virtual, estandes conjuntos em eventos, realização de feiras em escolas particulares, rede de pontos de venda, publicação de catálogo comum, pesquisa de perfil dos associados, entre outras.
Desse modo, a Câmara Periférica do livro quer contribuir para efetivar o Plano Nacional do Livro e da Leitura, especialmente dois dos seus quatro eixos: democratização do acesso e desenvolvimento da economia do livro.