Faleceu nesta terça-feira (04/07), aos 94 anos de idade e por causas naturais, o historiador, escritor e jornalista Adolfo Gilly.
Nascido na Argentina em 1928, Gilly viveu no México a maior parte da sua vida, desde os Anos 50, e morreu como cidadão mexicano, já que se naturalizou em 1982.
Gilly foi conhecido com um dos maiores conhecedores da Revolução Mexicana, autor de livros essenciais para os que querem se aprofundar nesse tema.
Em sua obra se destacam “La revolución interrumpida” (1971), sobre o processo vivido no México entre 1910 e 1917; e “El cardenismo: una utopía mexicana” (1994), que analisa o movimento político iniciado por Lázaro Cárdenas, presidente do México entre 1934 e 1940, que realizou a reforma agrária e a nacionalização da indústria do petróleo nesse país, entre outras façanhas.
Universidade Nacional Autônoma do México
Gilly foi um dos maiores estudiosos da Revolução Mexicana e escreveu obras essenciais sobre o tema
Também era um conhecedor do Movimento Zapatista e do Exército Zapatista de Liberação Nacional (ELZN), liderado pelo Subcomandante Marcos desde 1994.
A notícia sobre a morte de Gilly foi divulgada a partir de uma nota da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) na qual o acadêmico era professor desde os Anos 70. O texto descreve o historiador como “um defensor e impulsionador das melhores causas e do movimento de esquerda universitário”.
O historiador era professor emérito da Faculdade de Ciências Políticas e Sociais da UNAM, além de colaborador do Instituto Nacional de Estudos Históricos das Revoluções do México (INHERM), que também publicou um comunicado sobre o seu falecimento.
“O INHERM lamenta profundamente a partida de um especialista na Revolução Mexicana, formador de gerações de historiadores e amigo cativante deste instituto”, diz a nota do instituto.
Com informações do La Jornada.