Uma nova comitiva de senadores viajará na próxima quarta-feira (24/06) para Venezuela, anunciou na noite de segunda-feira (22/06) o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Segundo o congressista, a nova missão irá buscar uma “posição equilibrada” em encontros com representantes do governo, da oposição e da sociedade civil venezuelana.
“Nós queremos conversar com todos, vamos conversar com o principal líder da oposição venezuelana – que é Henrique Capriles, que não foi procurado pela comitiva anterior – vamos conversar com as mulheres dos presos da Venezuela, queremos conversar com o governo”, explicou Lindbergh, citado pela Agência Brasil.
“Agora, queremos ter uma posição equilibrada. A última coisa que nós queremos é que a Venezuela entre num processo de guerra civil. Isso é ruim para a Venezuela, é ruim para o Brasil, ruim para a América Latina”, acrescentou o senador.
Além de Lindbergh, a nova comitiva que viajará amanhã vai contar com Telmário Mota (PDT-RR), Lídice da Mata (PSB-BA), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Roberto Requião (PMDB-PR), que presidirá o grupo.
A meta da nova missão será defender no país vizinho a “legalidade democrática e a realização de eleições diretas”, que foram anunciadas ontem pelo governo venezuelano para escolher legisladores no dia 6 de dezembro. A viagem foi aprovada no plenário do Senado no fim da semana passada.
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Comitiva da oposição
Lindbergh também criticou a primeira comitiva liderada pelos senadores da oposição Aécio Neves (PSDB-MG) e Aloysio Nunes (PSDB-SP), que viajou na última quinta-feira (18/06) a Caracas. Alvo de protestos no país vizinho, a missão acabou retornando no mesmo dia, sem conseguir cumprir a agenda estabelecida.
Para o senador petista, a comitiva de Nunes e Neves formou uma “comissão partidária” que viajara para ouvir apenas um dos lados, acirrando o clima de tensão no país. “O senador Aécio, como presidente do PSDB, deveria ter pago passagem com dinheiro do PSDB. Eles foram conversar só com um lado. E não foram cuidadosos”, afirmou.
“Você colocar em um carro os principais líderes da oposição venezuelana, [a líder de oposição venezuelana] Maria Corina e as mulheres dos presos, foi inconsequente. Poderia ter gerado uma situação gravíssima, porque a situação da Venezuela é de muita tensão”, completou.