Atualização às 22h00
O Serviço Eleitoral do Chile (Servel) informou na noite deste domingo (04/09) que os cidadãos chilenos rejeitaram a nova Constituição que poderia mudar a Carta Magna herdada da ditadura de Pinochet. Após três horas do encerramento das assembleias de voto, o órgão eleitoral apurou que com 61,88% (7.842.477), o “rechazo” ganhou o plebiscito. A opção “apruebo” ficou com 38,12% (4.830.725).
A Servel notificou que dos 15.076.690 cidadãos convocados para votar no plebiscito, mais de 13 milhões compareceram para votar a favor ou contra da nova Constituição no país.
Mais cedo em declarações à imprensa, Boric disse que, “seja qual for o resultado do plebiscito, vai pedir unidade nacional num exercício de mais democracia” para superar as fraturas sociais.
O presidente também prometeu esgotar sua legislatura e convocar todas as forças sociais e políticas para continuar com o processo. “Posso garantir que nossa vontade e ação, independentemente do resultado, será de convocar uma ampla unidade nacional de todos os setores, organizações sociais, sociedade civil, partidos políticos”, disse.
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Nova Carta Magna decorrente da Convenção Constitucional consagra “Estado Social de Direitos”
As mesas de votação abriram na maioria das regiões do Chile a partir das 08h no horário local para que os cidadãos participassem do plebiscito para aprovar ou rejeitar o texto da nova Constituição. A participação na consulta sobre a aprovação ou não da nova Carta Magna era obrigatória sob pena de multa.
A Carta Magna rejeitada decorrente da Convenção Constitucional consagrava um “Estado Social de Direitos”, em resposta às reivindicações expressas nas massivas manifestações sociais de outubro de 2019.
O projeto constitucional também estabelecia um novo catálogo de direitos sociais em saúde, educação e previdência, com forte ênfase no meio ambiente e na proteção de novos direitos.
(*) Com Telesur