Após mais de uma semana de protestos, a aprovação do presidente chileno Sebastián Piñera caiu para um mínimo histórico. Segundo pesquisa do instituto Cadem, divulgada neste domingo (27/10), somente 14% aprovam a gestão, ao mesmo tempo em que a desaprovação disparou e atingiu 78%, um recorde desde o retorno à democracia, em 1990.
De acordo com o jornal La Tercera, o “manejo ruim dos protestos” e a “má gestão em geral” são os principais motivos. A pesquisa revela, além disso, um rechaço às medidas que anunciou na última terça (22/10), as quais chamou de “Agenda Social”.
Na última vez em que Piñera havia sido avaliado pelo mesmo instituto, havia sido em 18 de outubro, quando marcou 29% de aprovação e 58% de rechaço.
FORTALEÇA O JORNALISMO INDEPENDENTE: ASSINE OPERA MUNDI
Os números deste domingo superam o antigo recorde, de março de 2016, com a então presidente Michelle Bachelet, que viu sua aprovação cair em meio a um suposto caso de tráfico de influência – chegando a 18% de aprovação e 68% de rechaço.
Johanna Zárate P./Camara de Diputados
Reprovação a Piñera disparou após mais de uma semana de protestos
O instituto não avaliou a popularidade do gabinete de ministros – o qual foi demitido por Piñera neste sábado (26/10) -, mas pesquisou a gestão do ministro do Interior, Andrés Chadwick, que, além de ser responsável pelas forças de segurança do país é primo do presidente. Chadwick registrou desaprovação de 80%.
Por sua vez, a prefeita da Região Metropolitana de Santiago, Karla Rubilar, tem 31% de aprovação, contra 53% de reprovação.
A oposição, no entanto, não se encontra em situação melhor. Os parlamentares do bloco Chile Vamos e da Frente Ampla obtiveram, na pesquisa, 16% de aprovação, com desaprovação de até 65%.