Foi criada em Londres no dia 4 de janeiro de 1884 a Sociedade Fabiana, uma agremiação política de centro-esquerda que tinha por objetivo o desenvolvimento de um discurso social dentro dos partidos burgueses.
Ela se opunha à luta de classes e às ações sindicais, pondo um freio às organizações operárias. Em 1900, esteve na origem do Partido Trabalhista e contou com membros célebres como H.G. Wells, Bertrand Russell e George Bernard Shaw.
O nome da sociedade foi inspirado no chefe militar romano Fábio Máximo. A Sociedade Fabiana compunha-se principalmente de intelectuais burgueses: cientistas, escritores e políticos. Negavam a necessidade da luta de classe do proletariado e da revolução socialista, assegurando que a transição do capitalismo para o socialismo só era possível por meio das pequenas e paulatinas reformas sociais.
Lênin definiu a corrente fabiana como “uma tendência do oportunismo extremo”. Eles rejeitaram a doutrina política de Marx e tinham como armas panfletos, periódicos, livros, conferências, cursos, grupos de discussão, reuniões e palestras.
A princípio tentaram influenciar os partidos Whig (Liberal) e Tory (Conservador), mas, a seguir, ajudaram a organizar o Comitê de Representação Trabalhista, que em 1906 se transformaria no Partido Trabalhista.
Seu ideário político tem as bases na obra Fabian Essays in Socialism, editada por Bernard Shaw em 1889. Era favorável ao socialismo, rejeitando o revolucionário e optando pelo evolucionista. Prefere Stuart Mill a teóricos como Karl Marx, Bakhunin e Proudhon. Proclamava que o bem-estar da maioria exige o intervencionismo da máquina estatal.