No dia 11 de abril de 1968, apenas uma semana após o assassinato do líder negro Martin Luther King, o presidente norte-americano Lyndon Johnson assinou uma que representaria um marco emblemático na legislação contra a segregação racial nos Estados Unidos.
A proposição de Johnson de uma nova Lei dos Direitos Civis (Civil Rights Act) ficou conhecida também pelo nome de Fair Housing Act (ou Lei de Moradia Justa). Foi tida como umcomplemento da Lei dos Direitos de Votação e da Lei dos Direitos Civis (Civil Rights Act) de 1964, o diploma legal que pôs fim aos diversos sistemas estaduais de segregação racial.
Ao estabelecerem um marco legal unificado no país para a questão racial, esse conjunto de leis tiveram uma importância fundamental na luta pelos direitos civis. A lei de 1968, em particular, passou a proibir a aplicação desigual dos requisitos e registro de votantes, bem como a segregação racial nas escolas, bancos de sangue, locais de trabalho e lugares públicos em geral.
Uma vez em vigor, seus efeitos foram de longo alcance e tiveram uma enorme repercussão em todo o país. Os poderes outorgados para fazê-la cumprir foram a princípio débeis. Contudo, ao longo dos anos, a lei foi aperfeiçoada.
O ímpeto para a aprovação da lei veio do Movimento de Moradia Aberta de Chicago de 1966, do assassinato de Martin Luther King em 4 de abril de 1968 e da revolta civil, em especial entre os negros, que se seguiu à morte de King.
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Então presidente dos EUA, Lyndon Johnson apressou sanção da lei após pressão com assassinato de Martin Luther King
Embora a Lei de Direitos Civis de 1866 proibisse a discriminação nas vivendas, não havia medidas federais para fazê-la cumprir. Dessa forma, a lei de 1968 expandiu medidas similares anteriores e, desde 1974, com uma reforma, passou a proibir também a discriminação de gênero.
Em 5 de abril, no dia seguinte a morte de Luther King, o presidente Johnson enviou uma mensagem à Câmara dos Representantes pedindo urgência na aprovação da Lei dos Direitos Civis relacionada ao direito de moradia. Com uma renovada atenção do presidente da Comissão de Legislação, Joseph Califano, e do líder do Partido Democrata, John McCormack, o projeto de lei foi aprovado por larga maioria em 10 de abril de 1968.
Do ponto de vista jurídico, a lei de 1968 ancorava-se não apenas na Lei dos Direitos Civis de 1964, mas também 14ª Emenda à Constituição dos Estados Unidos, de 1868. Após a Guerra de Secessão, os Estados Unidos promulgaram leis para assegurar o devido processo legal e igual proteção aos escravos que haviam acabado de conquistar a liberdade.
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