Em junho de 1941, a jovem Liudmila Pavlichenko fazia o curso de história na Universidade de Kiev quando a Alemanha invadiu a União Soviética. Ela, que trabalhara numa fábrica de munições, correu a se alistar e pediu para juntar-se à infantaria e empunhar um rifle.
Nascia uma das principais heroínas da resistência ao nazismo na frente soviética. Ao fim dos combates, a franco-atiradora Liudmila Pavlichenko contabilizava 309 nazistas mortos, sendo 36 deles também franco-atiradores.
Pavlichenko é a mais nova carta do baralho Super-Revolucionários, que Opera Mundi e Nocaute estão publicando em conjunto.
Com concepção e texto de Haroldo Ceravolo Sereza e ilustrações de Fernando Carvall, este baralho traz, de forma bem humorada e sem perder a ternura jamais, “notas” em diferentes quesitos para homens e mulheres que se engajaram na luta por uma sociedade mais justa e igualitária.
Nosso baralho já trouxe as cartas de Luís Carlos Prestes, Frida Kahlo, Alexandra Kollontai, Bela Kun, Nelson Mandela, Mao Zedong, Simone de Beauvoir, Ho Chi Minh, Leon Trotsky, Olga Benario, Karl Marx, Salvador Allende, Tina Modotti, Carlos Marighella e Rosa Luxemburgo.
A ideia é, tão logo alcancemos um número suficiente de cartas, lançarmos um jogo inspirado no conhecido Super-Trunfo, junto com um livro com informações essenciais sobre esses super-revolucionários.
As notas são provisórias e estão sujeitas a modificação.
REBELDIA 8
Quando foi alistar-se, Liudmila Pavlichenko recebeu o convite para ser enfermeira. Recusou. Integrou o primeiro grupo de mulheres alistadas para o combate ao nazismo e tornou-se uma referência para as cerca de 2.000 franco-atiradoras do Exército Vermelho.
DISCIPLINA 10
A atuação memorável na guerra levou Pavlichenko a receber, em 1943, a Estrela de Ouro dos Heróis da União Soviética. Também recebeu a Ordem de Lênin e atuou ativamente no Comitê Soviético de Veteranos de Guerra.
TEORIA 6
Finda o conflito, Pavlichenko retomou os estudos e concluiu o curso de história. Tornou-se pesquisadora do Quartel General da Marinha Soviética, participando de conferências e congressos.
POLÍTICA 8
Em junho de 1942, Pavlichenko foi ferida por estilhaços de um morteiro, sendo retirada da frente de batalha. Tornou-se um exemplo de combatente do Exército Vermelho e foi aos Estados Unidos, a convite do presidente Franklin Roosevelt. Foi a primeira cidadã soviética a visitar a Casa Branca e, convidada por Eleanor Roosevelt, proferiu uma série de conferências nos Estados Unidos e Canadá.
COMBATIVIDADE 10
Um dos nazistas mortos por Lyudmila Pavlichenko era famoso na frente alemã por ter assassinato mais de 200 soldados soviéticos. Ainda que haja algumas contestações a seus feitos, Pavlichenko abateu mais nazistas.
INFLUÊNCIA 6
A história de Pavlichenko tornou-se um símbolo de resistência soviética à invasão alemã e também fez dela um ícone da atuação das mulheres na luta contra o regime nazista.
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Fernando Carvall
Ao fim dos combates, a franco-atiradora Liudmila Pavlichenko contabilizava 309 nazistas mortos