Com muito pouco você
apoia a mídia independente
Opera Mundi
Opera Mundi APOIE
  • Política e Economia
  • Diplomacia
  • Análise
  • Opinião
  • Coronavírus
  • Vídeos
  • Podcasts
Super-Revolucionários

Bakunin: anarquismo e liberdade

Encaminhar Enviar por e-mail

'Apenas a liberdade dos outros me torna verdadeiramente livre, de forma que, quanto mais numerosos forem os homens livres que me cercam, e mais extensa e ampla for a sua liberdade, maior e mais profunda se tornará a minha liberdade'

Haroldo Ceravolo Sereza
Fernando Carvall

São Paulo (Brasil)
2020-07-07T13:00:48.000Z

Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

Mikhail Aleksandrovitch Bakunin (1814-1876) nasceu em 30 de maio de 1814 em Premukhimo, na Rússia, e foi uma das mais influentes vozes do pensamento radical do século XIX. Opositor de Karl Marx na Internacional Socialista, foi expulso da organização, o que não foi suficiente para eliminar a influência anarquista no movimento operário mundial.

Até a Revolução Russa de 1917 e mesmo após ela, como na Guerra Civil Espanhola, o anarquismo seria uma das principais formas de organizar politicamente os trabalhadores, participando diretamente da construção de rebeliões, revoluções e grandes greves, como a primeira grande greve operária no Brasil, a de 1917.

Bakunin, assim, é uma figura maiúscula do pensamento revolucionário. Por isso, não poderia faltar sua carta no baralho Super-Revolucionários, que os sites Opera Mundi e Nocaute publicam conjuntamente.

Com Bakunin, o projeto Super-Revolucionários ganha mais uma carta. Já foram publicados cards de Engels, Emma Goldman, Paulo Freire, Florestan Fernandes, Pagu, Miriam Makeba, Hugo Chávez, Rosa Parks, Lênin, Clara Zetkin, Ernesto Che Guevara, Antonio Gramsci, Fidel Castro, Liudmila Pavlichenko, Luís Carlos Prestes, Frida Kahlo, Alexandra Kollontai, Bela Kun, Nelson Mandela, Mao Zedong, Simone de Beauvoir, Stálin, Marina Ginestà, Ho Chi Minh, Leon Trotsky, Olga Benario, Karl Marx, Salvador Allende, Tina Modotti, Carlos Marighella, Rosa Luxemburgo e Franz Fanon.  

Com texto e concepção de Haroldo Ceravolo Sereza e desenho do artista plástico Fernando Carvall, essas cartas, numa análise séria, mas sem perder o humor jamais, atribuem "notas" à atuação desses grandes nomes da luta por um mundo mais justo e solidário.

Assim que alcançarmos um número suficiente de cartas, vamos montar um jogo inspirado no conhecido Super Trunfo e publicar um livro com os cards e informações sobre esses heróis da resistência e da transformação.

As avaliações são provisórias e estão sujeitas a modificação.

REBELDIA: 10

Filho de proprietários de terra pertencentes à nobreza russa, Bakunin foi educado em casa e em 1828 iniciou-se na carreira militar. Mas suas ideias libertárias o levariam a deixar, em 1835, o Exército. Em Moscou, passou a estudar o pensamento filosófico, especialmente de Kant, Schelling, Fichte e Hegel. Em 1837, já em Berlim, cursando filosofia, aproximou-se da esquerda hegeliana e do comunismo, envolvendo-se na luta contra o imperialismo. Sua militância o levou a perder o título de nobreza e os direitos civis na Rússia em 1844, por meio de um decreto do czar Nicolau I.

DISCIPLINA: 7

Após ter conhecido Marx, Engels e Phroudon ainda nos anos 1840 e ter participado ativamente das revoluções de 1848, buscando levantar os povos eslavos, na tentativa de derrubar os regimes da Rússia, do Império Austro-Húngraro e da Prússia, tendo sido condenado à morte após a prisão em 1850 (a pena foi comutada e Bakunin enviado à Sibéria), Bakunin consegue fugir via Japão e Estados Unidos e organiza, nos anos 1860, a Fraternidade Internacional, uma organização que atuava junto à Liga da Paz e da Liberdade.

TEORIA: 9

Em 1863, na Itália, Bakunin se declara "anarquista", durante a campanha de propaganda da Fraternidade Internacional. Depois da publicação de Federalismo, Socialismo e Antiteísmo, seu programa socialista é rejeitado pela Liga, com a qual rompe, para fundar a Aliança Internacional da Democracia Social.

POLÍTICA: 7

Bakunin entra então na Associação Internacional dos Trabalhadores. Consegue rapidamente conquistar significativa influência na organização, sobretudo nos países latinos.

COMBATIVIDADE: 9

Bakunin nunca deixou a luta socialista, mesmo quando foi expulso da Associação Internacional dos Trabalhadores, em 1872, após o Congresso de Haia. O programa socialista de Bakunin, que pregava o anarquismo coletivista, defendia que o Estado deveria ser substituído pela organização federalista dos trabalhadores, por meio de associações produtivas. Essa posição se chocava com a defendida pelo grupo de Karl Marx na Internacional, que acreditava que era preciso primeiro conquistar o Estado para construir o socialismo.

INFLUÊNCIA: 10

Após a expulsão da Internacional, funda a Internacional Antiautoritária, responsável pela organização de coletivos anarquistas em diversos países do mundo. Em 1873, participa de um levante na Bolonha (Itália), sem sucesso, e dedica-se nos últimos anos de sua via a publicar sua obra. Sua produção teórica, sobretudo os livros Deus e o Estado e Estadismo e Anarquia, foi fundamental para a formação de gerações de socialistas.

Gostou dessa avaliação? Discorda? Comente no formulário abaixo:

Você que chegou até aqui e que acredita em uma mídia autônoma e comprometida com a verdade: precisamos da sua contribuição. A informação deve ser livre e acessível para todos, mas produzi-la com qualidade tem um custo, que é bancado essencialmente por nossos assinantes solidários. Escolha a melhor forma de você contribuir com nosso projeto jornalístico, que olha ao mundo a partir da América Latina e do Brasil.

Contra as fake news, o jornalismo de qualidade é a melhor vacina!

Faça uma
assinatura mensal
Faça uma
assinatura anual
Faça uma
contribuição única

Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.

Eu apoio Opera Mundi
Política e Economia

Organizações da Sociedade Civil tiveram direitos violados no governo Bolsonaro, diz associação

Encaminhar Enviar por e-mail

Pesquisa feita com 135 organizações sociais de todas as regiões do país foi apresentada no Fórum Político de Alto Nível da ONU

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-07-05T21:50:00.000Z

Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

A Associação Brasileira de ONGs afirmou, por meio de uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (05/07) no Fórum Político de Alto Nível da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, que as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) foram submetidas a violações sistemáticas de direitos pelo Estado brasileiro no período entre 2019 e 2021.

O estudo, intitulado Criminalização Burocrática, foi feito a partir do levantamento do perfil de 135 organizações sociais de todas as regiões do Brasil, combinando abordagens qualitativa e quantitativa, incluindo ainda grupos focais e entrevistas entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022. Para conferir o relatório completo, clique aqui. 

“Desde o início do governo de Jair Bolsonaro, o que se observa é um aumento de desconfiança sobre o campo da sociedade civil organizada. Há uma escalada nas tentativas de criminalização das OSCs, com projetos de lei e outras medidas legais destinadas ao controle e restrição do espaço de atuação dessas organizações”, apontam os pesquisadores da pesquisa. 

Segundo a Abong, as organizações têm sido alvo de uma “série de ataques” por meio de medidas em âmbito administrativo que “visam dificultar a captação de recursos, impor pagamentos indevidos e, de forma geral, inviabilizar o trabalho das entidades”. 

Flickr
Segundo a Abong, as organizações têm sido alvo de uma “série de ataques” por meio de medidas em âmbito administrativo

“As informações também apontam que as OSCs têm sofrido, com o governo federal como agente, crimes de calúnia, difamação ou injúria, todos previstos no Código Penal”, diz a associação.

Você que chegou até aqui e que acredita em uma mídia autônoma e comprometida com a verdade: precisamos da sua contribuição. A informação deve ser livre e acessível para todos, mas produzi-la com qualidade tem um custo, que é bancado essencialmente por nossos assinantes solidários. Escolha a melhor forma de você contribuir com nosso projeto jornalístico, que olha ao mundo a partir da América Latina e do Brasil.

Contra as fake news, o jornalismo de qualidade é a melhor vacina!

Faça uma
assinatura mensal
Faça uma
assinatura anual
Faça uma
contribuição única

Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.

Eu apoio Opera Mundi
Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!
Opera Mundi

Endereço: Avenida Paulista, nº 1842, TORRE NORTE CONJ 155 – 15º andar São Paulo - SP
CNPJ: 07.041.081.0001-17
Telefone: (11) 4118-6591

  • Contato
  • Política e Economia
  • Diplomacia
  • Análise
  • Opinião
  • Coronavírus
  • Vídeos
  • Expediente
  • Política de privacidade
Siga-nos
  • YouTube
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Google News
  • RSS
Blogs
  • Breno Altman
  • Agora
  • Bidê
  • Blog do Piva
  • Quebrando Muros
Receba nossas publicações
Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

© 2018 ArpaDesign | Todos os direitos reservados